Caetano Veloso e Gilberto Gil
tocaram nesta terça-feira (27) em Tel-Aviv para 8 mil pessoas, em sua
maioria da comunidade latina e brasileira de Israel, em uma apresentação
na qual quase não se dirigiram aos presentes e que esteve cercada de
polêmica. Os dois artistas foram recebidos pelo público israelense com calorosos
aplausos e apresentaram músicas que levantaram o Estádio Menorah Arena. Os dois cantaram, riram, se divertiram e dançaram diante dos
espectadores, mas não fizeram praticamente nenhum comentário. Também
pediram aos presentes que cantassem trechos de suas canções.
Assim como aconteceu com outros artistas, o movimento BDS (Boicote,
Desinvestimento e Sanções) tinha pedido aos dois que cancelassem sua
apresentação em Israel, por considerar que isso representaria um apoio à
ocupação, mas Gil e Caetano decidiram manter a agenda. "Não se pode misturar a música com coisas de política. Não viemos aqui
por uma situação política, mas para ouvir sua música. Acredito que eles
vieram com grande personalidade dizendo: 'Nos perdoem, mas temos um
público aqui que quer nos ver", disse à agência EFE Ahava Ayel, uma
admiradora colombiano-israelense da dupla. Seu companheiro, o judeu brasileiro residente em Israel, Yuri
Lindenbaum, garantiu que para ele "é muito emocionante poder relembrar a
música brasileira aqui em Tel Aviv e ver Gilberto Gil e Caetano Veloso.
Estou muito feliz e muito emocionado".
Os dois artistas visitaram no domingo (26), ao lado de ativistas israelenses, o povoado palestino de Susya, na Área C da Cisjordânia, que está sob controle militar e administrativo israelense e vive com ameaças de remoção iminentes. "Decidimos não cancelar o show porque preferimos falar, dialogar e
também porque queríamos aprender mais. Estive em Israel várias vezes e
sempre amei este lugar. Mas sei que a situação é difícil e dura", disse
Caetano em entrevista coletiva ontem, durante um encontro com artistas
israelenses. "Ontem fui a Susya e voltei querendo dizer: é preciso parar a ocupação,
é preciso parar a segregação", disse Caetano, que acrescentou: "Quase
chorei quando fomos a Susya porque o que ouvi de um ex-soldado
[israelense] e de um palestino que vive ao sul de Hebron é duro demais".
Caetano declarou que "a situação é difícil demais", mas assinalou que ele é "apenas um visitante" que veio para cantar. Seus comentários, no entanto, deram o que falar e lhe renderam muitas mensagens de reprovação nas redes sociais.
Gilberto Gil e Caetano Veloso também se encontraram ontem com o
ex-presidente israelense Shimon Peres, que os recebeu no centro que leva
seu nome e onde se reuniram com um grupo de crianças judias e
palestinas para expressar seu apoio ao diálogo e a tolerância. "Não consideramos, nem por um momento, cancelar nosso show em Israel.
Nós amamos Israel e estamos contentes de nos apresentar em um lugar onde
há esperança de paz", declarou Caetano, segundo um comunicado do Centro
Peres da Paz.
Os pedidos de boicote ao show se intensificaram no mês de maio, quando
um dos fundadores do Pink Floyd, Roger Waters, e o cardeal sul-africano
Desmon Tutu, destacaram sua admiração pelo trabalho de Caetano e Gil e
seu "histórico compromisso com a luta pela justiça, a liberdade e a
igualdade".
Os dois lhes lembraram que "o mês de julho marcará um ano do
aniversário dos ataques israelenses contra Gaza durante o qual Israel
matou mais de 2 mil palestinos, incluindo 500 crianças", em alusão à
última ofensiva militar em Gaza. "Mais de 100 mil pessoas permanecem sem lar devido a estes ataques",
dizia a carta do BDS que foi divulgada pelas redes sociais. O movimento BDS nasceu na sociedade civil palestina em 2005 como um
apelo ao boicote até que Israel "cumpra a lei internacional e os
direitos palestinos" e se estendeu nos últimos anos até conseguir o
desvio de fundos de consórcios israelenses relacionados com a ocupação
ou o boicote a acadêmicos israelenses. G1
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quarta-feira, 29 de julho de 2015
terça-feira, 21 de julho de 2015
Rolling Stones se apresentará em São Paulo em 21 e 23 de fevereiro de 2016
Está oficialmente confirmado. A banda Rolling Stones
se apresentará em São Paulo, no estádio Allianz Parque, do Palmeiras,
nos dias 21 e 23 de fevereiro de 2016, respectivamente domingo e
terça-feira. A informação foi confirmada ao UOL pela assessoria de imprensa da AEG, empresa que administra o estádio. Ainda segundo a AEG, a banda de Mick Jagger e Keith Richards também
deve tocar no Rio de Janeiro no início de 2016, mas ainda não foi
confirmado o local do show nem a data. Também não foram informados
valores de ingressos.
Administrador do estádio do Palmeiras, o
grupo AEG também engloba a AEG Live, empresa que é detentora da "ZIP
Code Tour", a turnê global em comemoração dos 50 anos dos Stones. Rumores de que a banda se apresentaria com a turnê comemorativa no
Brasil circulam desde 2014. Parte da imprensa chegou inclusive a
noticiar que o grupo tocaria no país no segundo semestre de 2015. De
acordo com a AEG, a passagem do Rolling Stones pelo Brasil realmente
estava prevista para acontecer entre o final de novembro e o início de
dezembro deste ano. Os planos, no entanto, foram alterados porque a
banda deve entrar em estúdio para gravar um novo álbum após ter
encerrado sua turnê norte-americana, que contou com shows em 15 cidades,
entre Estados Unidos e Canadá.
O último show que os Stones
fizeram no Brasil foi em fevereiro de 2006, quando tocaram de graça para
cerca de 1,2 milhão de pessoas na praia de Copacabana, no Rio de
Janeiro.
Fonte: Uol
terça-feira, 14 de julho de 2015
No Brasil, 13 de julho é conhecido como Dia Mundial do Rock
Em 13 de julho de 1985, Bob Geldof organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos. O objetivo principal era o fim da fome na Etiópia. O evento chamou a atenção por contar com a presença de muitos artistas famosos na época. Entre os participantes, estavam The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Elton John, Mick Jagger, Keith Richards, Ronnie Wood, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath. A celebração é uma referência a um desejo expressado por Phil Collins, que gostaria que aquele fosse considerado o "dia mundial do rock". Os shows foram transmitidos ao vivo pela BBC para diversos países e abriram os olhos do mundo para a miséria no continente africano. A data também coincide com o dia da formação do grupo The Rolling Stones, formada em 13 de Julho de 1962.
Em 2005, 20 anos depois do primeiro evento, Bob Geldof organizou o Live 8, uma nova edição com estrutura maior e shows em mais países. Dessa vez o objetivo foi pressionar os líderes do G8 para perdoar a dívida externa dos países mais pobres e erradicar a miséria do mundo. No Live 8 o Grupo de Rock Britânico Pink Floyd se reuniu em sua formação clássica pela primeira vez depois de 20 anos de separação.
Apesar de se chamar "Dia Mundial do Rock", a data só é comemorada no
Brasil. Ela começou a ser celebrada em meados dos anos 1990, quando duas
rádios paulistanas dedicadas ao rock - 89 FM e 97 FM - começaram a
mencionar a data em sua programação. A celebração foi amplamente aceita pelos ouvintes e, em poucos anos,
passou a ser popular em todo o país. Entretanto, essa data é
completamente ignorada em todo o resto do mundo. Outros países e localidades não têm uma data específica para celebrar esse estilo musical ou têm outras datas. Nos EUA, poucas pessoas comemoram a data no dia 9 de julho, em homenagem ao programa "American Bandstand, de Dick Clark, que estreou nessa data. O programa ajudou a popularizar o rock and roll nos EUA.
Por ser uma data definida arbitrariamente e sem respaldo em outros
países, especialistas em música contestam essa escolha. Eles sugerem
outras datas que seriam mais significativas para a história do rock e
que, portanto, mereceriam ser o verdadeiro Dia do Rock. Entre elas,
estão o dia 5 de julho, quando, em 1954, Elvis Presley gravou uma versão mais rápida do blues That's All Right e 9 de fevereiro, quando, em 1964, a banda The Beatles se apresentou pela primeira vez nos EUA.
quinta-feira, 9 de julho de 2015
Keith Richards lança seu primeiro álbum solo em 23 anos
"Crosseyed Heart", que será lançado no dia 18 de setembro, conta com a
colaboração da cantora de jazz e blues Norah Jones, o cantor de R&B
Aaron Neville e dois colegas frequentes de Richards, o baterista Steve
Jordan e o guitarrista Waddy Watchel. "Não há nada como entrar em um estúdio e não ter a menor ideia do que
vai sair dali", declarou Richards, que aos 71 anos tem um agitado
calendário de shows com os Rolling Stones.
Seus outros dois discos solos são "Talk is Cheap", de 1988, e "Main Offender", de 1992.
Fonte: G1
quarta-feira, 1 de julho de 2015
O rock baiano atual mostra sua cara no Rio Vermelho
Produtor-ícone da cena roqueira baiana, o eterno MotorHeadBanger, Rogério Big Bross Brito parece
carregar nas costas o que restou do movimento. Só isso explica a agenda
cheia de shows que ele apresenta até pelo menos outubro, quando realiza
mais uma edição do seu festival anual, o Big Bands. Detalhe: sem
qualquer apoio (público ou privado). Melhor dizendo: há apoio, sim - mas dos interessados: bandas, casas de
show, coletivos, selos independentes e frequentadores. "Tô me ocupando
disso, né?", diz Big Bross. "Aproveitando o suporte do Dubliner's (Irish Pub) e
ocupando outros espaços, como o Taverna (Music Bar)", conta. No Dubliner's (Irish Pub), Big comemora um ano do projeto gratuito Quanto Vale o
Show?, que botou todas as terças-feiras, mais de 100 bandas para se
apresentar - com as agendas de julho e agosto fechadas. Já no Taverna
(Music Bar) ele abre uma série de shows Warm-Up (esquente) do Big Bands, com duas
bandas baianas todas as quintas-feiras de julho. É o Noites Big Bross -
Brechó, associação do seu selo ao Brechó, da banda Pastel de Miolos. "Não faço nem crowdfunding. Quem quiser contribuir pode comprar um
poster numerado em papel especial (de uma série de 30) ou uma camisa.
A renda vai para custear hospedagem e coisas mínimas para as bandas",
diz Big Bross. "Não quero vaquinha. Vou vender esses produtos e pronto. Quem
quiser reserva pelo Facebook. É tudo sem apoio, do tamanho que a perna
alcança. Até prefiro assim", afirma.
A temporada de junho do Quanto
Vale o Show?, foi encerrada nesta terça, 30, com as bandas Pã e Rivermann. Para começar o Noites Big
Bross - Brechó já nesta quinta, 2 de julho, tem Theatro de Seraphin e Squadro. Na
próxima terça-feira, 7 de julho, Dimazz e Eleotério Brás abrem
temporada de julho do Quanto Vale... e assim por diante. Em agosto, ele traz de volta os paulistas do experiente quarteto indie
Wry, que já fez grandes shows por aqui e do outro lado do Atlântico. Já
em setembro Rogério Big Bross gira por quatro cidades baianas com o mestre gaúcho do punk
brega, o veterano Wander Wildner.: Em Salvador dia 03 setembro, quinta 22h Dubliners Irish Pub. Feira de Santata dia 04 setembro sexta 22h Offsina Music Lounge. Na cidade de Alagoinhas, dia 05 setembro, sábado 22h Napolitano Pub e em Camaçari no domingo 06 setembro as 22h no John Sebastian Bar. Já em outubro, fialmente, o festival
Big Bands de fato, que por enquanto só tem uma banda confirmada, o duo
paulista Test.
Movimentar, circular:
"Tudo isso é a necessidade de movimentar as bandas que lançamos pelo
Big Bross-Brechó. Só ano passado saíram 14 discos. Esse ano já foram
seis: Nalini Vasconcelos, Novelta, Calafrio, Elefantes Elegantes etc",
enumera. "Tem que movimentar esse povo. Não adianta botar os discos na rua e não
circular. E na medida do possivel, sempre incluo bandas do interior com
as locais", acrescenta. Enquanto há quem ache que a cena de agora é inferior (ou mesmo menor) à
de 15, 20 ou 30 anos, Big Bross acredita no contrário: "Hoje, ao contrário
dos anos 1990, quando só tínhamos um ou dois shows por fim de semana,
hoje você vai ao Rio Vermelho e pode escolher aonde vai. O público não
diminuiu: ele se dividiu", observa. "Quando comecei o Quanto Vale, achei que só banda inexperiente ia
tocar. Agora temos Júlio Caldas, Lo Han e até bandas de fora", conclui.
Produtor Rogério BigBross |
Programe-se:
30 de junho: Pã e Rivermann / Dubliner’s Irish Pub / 20 horas, gratuito2 de julho: Theatro de Seraphin e Squadro / Taverna Music Bar / 21 horas, R$ 10
7 de julho:Dimazz e Eleotério Brás / Dubliner’s / 20 horas, gratuito
9 de julho: Decliniun (Camaçari) e Van Der Vous / Taverna / 21 horas, R$ 10
14 de julho: Ádamas e RestGate Blues / Dubliner’s / 20 horas, gratuito
16 de julho:A Flauta Vértebra e Cartel Strip Club / Taverna / 21 horas, R$ 10
21 de julho: Noite Incubadora Sonora / Dubliner’s / 20 horas, gratuito
23 de julho: Bilic Roll e Calafrio (Feira de Santana) / Taverna / 21 horas, R$ 10
28 de julho: TenTrio e Subaquático / Dubliner’s / 20 horas, gratuito
30 de julho: Búfalos Vermelhos & Orchestra de Elefantes e Novelta (Feira de Santana) / Taverna Music Bar / 21 horas, R$ 10
1º de agosto: Wry (SP), Mapa e Tsunami / Dubliner’s
4, 11, 18 e 25 de agosto: Quanto Vale o Show?, com Irmão Carlos, Júlio Caldas, Noite Incubadora, Batrákia
Fonte: A Tarde
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